quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Relatórios Recebidos em Comentários

As diferenças e relações com o outro e a própria relação com minha arte.
Victor

Começo a discorrer sobre a relação pessoal de recepção. Pude observar no dia 7 de setembro uma grande recepção entre as pessoas e o tanto que um pensamento de normas de conduta social interfere na recepção de culturas. A exemplo disso falo sobre o senhor que dançou com a gente na roda no meio da praça, logo após a procissão; a mulher desse senhor se sentiu tão envergonhada que não quis participar da roda, não interagiu e portanto, não teve a receptividade necessária para participação de uma brincadeira ou jogo cultural. E também nem se comemora a independência do país, o problema de cultura no Brasil está enraizado, muito bem enraizado.
Devido a isso chego ao pensamento de Durk Heim, de que, as pessoas se colocam fora de algo por causa de um consciência coletiva a qual o suprime e determina o seu pensamento. Quem despontar esta nuvem de pensamentos é suprimido e devido a isso, as pessoas não praticam, ou não são tão receptivos a algo, por causa do medo da opressão dessa consciência.
Agora pergunto: será que nós não pecamos ao fazer e/ou estabelecer esta quebra de consciência coletiva do congado ao “invadirmos” a festa deste povo que é carregado de devoção e tradição. Por isso na primeira postagem eu disse sobre a necessidade de pesquisar os métodos de pesquisa antropológicos para não quebrarmos uma tradição cultural.
Quanto à receptividade da cultura do congado, pude perceber que durante a festa eles permanecem abertos, mas penso que, devido aos comentários na aula passada, eles não são tão abertos assim. Tanto que permanecem, de certa forma, no anonimato. Daí vem à questão: se eles são tão anônimos, perante a grande sociedade, porque escolheram este anonimato?
Quanto à relação com minha arte, não sei responder nem retirar fragmentos que relacione com minha arte; devido a nem eu saber ao certo qual minha arte. Esta pergunta bate em minha cabeça desde a disciplina de PIPE 3. Quanto às comparações, faço relação apenas da devoção e animação que os moçambiqueiros estabelecem ao realizar a dança e a cantoria. Isto sim eu consegui fazer paralelo com minha arte, pois é o que sinto quanto faço algo verdadeiro e de que gosto. É como ouvir uma musica que te anima e te agrada muito, só que é você que esta tocando a música.

Relatório referente a aula de campo na Serra do Salitre no dia 07/09/08
Welerson

Logo ao chegar a casa de Sr. João fiquei impressionado pela tamanha hospitalidade. Como disse Renata, Serra do Salitre é uma cidade de 1º, a simplicidade e humildade das casas e das pessoas me remetem a infância, a casa dos avós... Fogão de lenha, quadros pendurados em uma parede que já há muito tempo não recebe uma mão de tinta.
Mas não se enganem, a mesa é improvisada mas, a comida é farta e variada... Leite tirado na hora, bacias e bacias de comida, bolo que vira pão de queijo, e muita dança e música.
Para cada momento, uma música apropriada, seja para agradecer o almoço ou para despedida. Versos improvisados e muitos sorrisos.
É possível perceber que nesses momentos o estado, seja de quem toca, quem dança ou de quem canta, é outro. Um estado de quem faz para o divino... ou para o Sr. João.
Cada terno com suas particularidades, mas com uma grande devoção em comum. A religiosidade sempre presente, outra relaação que podemos fazer em relação ao teatro são os ritos.
O respeito que todos, a curiosidade, a simplicidade... São coisas que marcaram bastante essa viagem. As fardas, que podem (ou não) ser comparadas a figurinos, demonstram que são parte da festa, mas não é o principal. Algumas improvisadas, muitas cores e muitas fitas...
Vejo na minhas arte uma relação com a tradição. Desde que entrei no curso venho caminhando por essa lado, seja consciente ou incoscientimente. Sejam com jogos de tradição, com o trabalho de commedia dell'arte, enfim...
A tradição se mostra bem presente durante minha formação.

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